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Institucional Portal NC (Destaque 1)

Além de homem nordestino, mulher transgênero uruguaia também foi vítima de trabalho escravo em Planura

Após resgate de homem que foi forçado a tatuar iniciais dos patrões, investigação revela segundo caso de exploração pelo mesmo trio.

Por Portal Notícias Colômbia SP em 25/04/2025 às 23:59:36 - Atualizado há

Conforme matéria divulgada pelo nosso portal no dia 9 de abril, três homens de 57, 40 e 24 anos foram presos em flagrante pela Polícia Federal (PF), em Planura, por manterem um homem do nordeste, de 32 anos, em situação análoga à escravidão. Uma semana depois, outra vítima da rede foi identificada: uma mulher transgênero uruguaia, de 29 anos.

Segundo o MTE, ela "também foi levada ao local por meio de falsas promessas e inserida em um vínculo de trabalho doméstico informal. Durante o período em que esteve na casa dos empregadores, chegou a sofrer um acidente vascular cerebral".

Conforme novas informações divulgadas, um contador, um e um professor, que formam um trisal, miravam principalmente membros de comunidades LGBTQIAPN+, em situação de vulnerabilidade socioeconômica e afetiva para estabelecer laços de confiança e, posteriormente, submetê-los às condições abusivas.

As novas informações apontam que eles aliciaram o homem nordestino, de 32 anos, além da mulher transgênero uruguaia, de 29, com promessas de trabalho em troca de moradia e alimentação, além da oportunidade de terminar o ensino médio e fazer cursos profissionalizantes na instituição de ensino que mantinham na cidade. As vítimas eram aliciadas por meio de redes sociais. Os acusados também possuíam negócios na Colômbia.

Ao todo, o homem ficou cerca de 8 anos sob condições análogas à escravidão, enquanto a mulher permaneceu 6 meses. Conforme as novas informações divulgadas pelo MTE, o homem foi forçado a tatuar as iniciais dos patrões nas costelas, como símbolo de posse.

A Operação Novo Amanhã, conjunta da Polícia Federal (PF), foi liderada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), por meio da Auditoria Fiscal do Trabalho e do Ministério Público do Trabalho (MPT), entre 8 e 15 de abril. Os três foram levados para a Penitenciária Professor Aluízio Ignácio de Oliveira, em Uberaba. Eles foram autuados pelo crime de tráfico de pessoas para fim de exploração de trabalho em condição análoga à escravidão.

As denúncias do Disque 100 apontavam graves violações de direitos humanos, incluindo trabalho forçado, cárcere privado, exploração sexual e violência física e psicológica. Conforme o auditor fiscal do trabalho Humberto Monteiro Camasmie, o próprio resgatado contou que antes de vir do Nordeste, um outro empregado, que havia sido traficado, fugiu depois de um tempo.

Ainda conforme o auditor, a vítima de 32 anos também foi submetida a violências sexuais registradas em vídeo e utilizadas para chantageá-lo e não permitir a fuga ou denúncia. Já a mulher não foi submetida às mesmas violências, mas presenciou as agressões ao homem.

"Ela nos relatou ter recebido entre R$ 100 e R$ 600 por mês, até que em dezembro sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) possivelmente provocado pelo estresse e pela violência vivida e foi abandonada pelos patrões, conseguindo voltar para o Sul com a ajuda de amigos", explicou Humberto.

Após a prisão dos suspeitos, as vítimas foram acolhidas pela Clínica de Enfrentamento ao Trabalho Escravo da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e pela Unipac, onde recebem assistência médica, psicológica e jurídica.

O nome Operação Novo Amanhã simboliza a possibilidade de recomeço e reconstrução da vida das vítimas após anos de sofrimento, violência e privação de liberdade.

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